quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Só pedi um abraço teu




Gota a gota vejo a vida passar,
Desses olhos que já sorriram tanto,
Quilos e quilos de lágrimas a embaçar,
O sonho de manter viva a lembrança.

Aqueles braços que já me acalentaram tanto,
Agora estão distantes e pálidos,
Braços que sustentaram mãos tão afáveis,
As quais ásperas bateram o martelo da minha condenação.

Tudo o que visava era estar a seu lado,
Porém minha devoção foi cruelmente machucada,
Todo o amor que um dia lhe dei,
Hoje esta a esvair por humildes lágrimas.

sábado, 4 de setembro de 2010

Guerra no escuro




Alucinante e desconcertante baila ao nosso redor,
Esconde-se nas sombras antes do nascer do sol.
Tem mil máscaras sem face,
Difíceis de catalogar.

Amargo e infrutífero faz a terra secar,
Espinhoso e venenoso,
Não se pode tocar.

Camufla-se na certeza,
Nubla a confiança.
Faz do inconsciente teu abrigo,
E do consciente tua chaga.

Tão perigoso quanto o fogo,
Faz a criança chorar,
O homem gritar,
A mulher se desesperar.

Tão impiedoso quanto a noite,
O medo recolhe suas garras,
Quando sua vítima decide lhe enfrentar!

Olha ela ali (Por Luana Almeida)




Olha ela ali, descalça,
Na sua loucura imediata de cada dia.
Olha ela ali, nua,
Se despindo pra um novo começo.
Olha ela ali menino, não a vê?
Esta cego? Não ouve?
Ela se dá por inteira a esse universo,
dança, canta, extravasa toda a loucura do ser, da alma.
Ela simples e ela, sempre.
Se perde no mundo que a mais excita,
na leitura constante de cada delicioso livro,
cada um com uma receita diferente que a alimenta,
que a faz sonhar.
Menino, pare de ser bobo, olha ela ali.

Lua




Conssigo sentir tua voz bailando,
Gritando e saltando,
Entre palavras e emoções.

Conssigo ver teus sonhos caminhando,
Restaurando e asfaltando,
As ideias acidentadas.

Em teu olhar uma prece iluminada,
Um imã de esperança,
Que te permite acordar em paz.

Em teus cabelos o sono dorme,
Mantendo sua mente acordada,
Doce Prima Donna a qual na eternidade está marcada!

Rasgar de uma doutrina




Palavras amordaçadas compõem uma linha borrada,
Sujas pelo choro de uma alma.
A liberdade a muito fora apunhalada,
Restando apenas tesouros censurados.

As vozes que tanto bradavam estão engasgadas,
Sua essência no medo está encarcerada.
Os olhos estão sendo vendados,
Por um ideal falsamente iluminado.

Há porem um resquício de esperança afugentado,
Que permanece escondido com lembranças amarguradas.
É por ele que a alma está a escrever,
Uma vida de batalhas e migalhas!



sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Corpo




Meu peito é um cofre,
guarda meus puros e impuros sentimentos.

Minha mente é uma enciclopédia,
que aos poucos está sendo escrita.

Minhas mãos são ferramentas,
Ajudam a cnstruir o mundo.

Minha pele é como água,
Feita para sentir.

Meus olhos são quadros,
Feitos para equalizar imagens.

Meus sonhos,

O complemento da minha realidade.

O tempo,
é apenas um detalhe!

Depois de agir




Derrube esta árvore,
Faça um banco.
Queime esta terra,
Faça de pasto.
Corte este rio,
Passe por cima.
Jogue mercúrio,
Tire oouro.
Ignore o barro,
Desvie suas águas.
Mate os peixes,
Depois frite.
Suje a chuva,
Diga que é água.
Mate a sede,
Depois cuspa.
Guarde bem,
Você e o dinheiro.
Quando ou depois de agir,
O tempo os alcançará,
Junto com o sal,
Do teu remorço!

Breve conceito




A verdade é a base dos justos,
A jsutiça a do carater,
A confiança a da paixão,
A doação a do Amor,
A compreenssão a da amizade.

A verdade pode não ser absoluta,
A justiça severa.
A confiança é facilmente destruida,
A doação pode não ser recíproca,
Mas a compreenssão é a única capaz de fazer reinar a paz entre os homens!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Crescer




Doce voz na boca da menina,
que faz o sentimento falar.
Nobre sonho na cabeça da menina,
que aguarda o futuro chegar.
Terna lágrima no olho da menina,
que espera a saudade viajar.
Bella menina a qual crescendo está,
menina que a velha mulher nunca irá abandonar!

Apenas um verso....




Corre, corre, sem parar,
Não deixa o mundo acabar!
Corre, corre, sem parar,
Não deixa a criança chorar,
Corre, corre, sem parar,
Não deixa a comida faltar!

Susbmersa


Molhada e suada correndo dentro d'água,
Meus olhos inconformados com tamanha entorpecência.
Aqui o ar não falta,
Mas meu corpo sente saudade da sua existência.

Varias cores diluídas bailam ao meu redor,
Encantando-me com tamanha falta de timidez,
Sua essência pura e livre me contagia,
Agora quero bailar também!

Me sinto tão somente minha quando estou suspensa no nada,
Que nem lembro mais que não estou em casa.
O oxigênio a ultima amarra grossa,
Que me prende a terrena mortalidade.

Aqui no vazio sinto a Utopia me abraçando,
Como a ultima bolha de ar que se esvai,
Me permitindo ser eterna.

Aqui neste infinito mundo não é necessário se esforçar,
Posso fechar os olhos em paz e deixar minha alma se libertar!