sábado, 20 de agosto de 2011




Não era uma vez, uma honra ou uma causa,
Nem para sempre, nem alegre ou encantado.
Não era o porque, o motivo ou a ideia,
Nem a surpresa, a fantasia ou harmonia.
Não era nada, apenas queria,
E quando não tinha pegava a pena e escrevia!

Criança




Já fui serena, já fui doce,
Já dei de mim e a muitos trouxe,
Algo que não sei e não entendo,
Mal vejo já estou fazendo,
Não tenho cor classe ou raça,
Sou o fruto, a lenha e a caça,
Não sei o que fui e nem se sou,
Não há tristeza e nem pudor,
O antes e o agora não mais são,
Posso tudo o que quiser na imaginação,
Posso ter, querer, saber, viver,
Mas sou criança e deixarei de ser!

Vida, podre vida




E as sinfonias começaram seu prelúdio,
As folhas prestes a caírem,
É chegada a hora da morte.

Eu sangrei enquanto o sol varria o gelo das estradas,
O vento apagou todas as pegadas,
Quando uma vida virou pó!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Minha menina (Para Juliana Almeida)




Quem é essa morena linda,
A que tanto me interessa?

De onde vem essa coisa simples,
que chega com tanta cor?

Por que sinto que a conheço,
Se quando a vejo não sei quem sou?

Será ela minha menina,
Ou o motivo de meu louvor?

Só sei que tenho essa coisa linda,
Que faz o sol não querer se por!